Olá, sou a Fernanda.

Terapeuta intuitiva, apaixonada pela mente humana e pelo poder da consciência.

Passei três décadas a viver uma vida que não era a minha — presa numa personagem construída para proteger uma alma cansada, exausta pelo burnout e pelo peso de cuidar dos outros sem cuidar de mim.

Durante anos, escondi a minha verdade atrás de muros invisíveis, até que uma crise profunda me obrigou a parar e a olhar para dentro. Foi aí que começou a minha jornada de Regresso a Mim — uma caminhada de autoconhecimento, cura e reencontro com o meu verdadeiro eu.

Hoje, dedico-me a apoiar mulheres que, como eu, procuram recuperar o equilíbrio, a força interior e a alegria de viver, mesmo depois dos maiores desafios.

Fui uma criança e uma jovem feliz. Tive uma infância feliz e despreocupada, e fui uma jovem universitária que levou uma vida alegre e despreocupada também, sem pensar no futuro, sem pensar em grandes problemáticas filosóficas sobre a vida, sobre o que faria no futuro.

Não fui uma boa estudante, uma vez que descobri que não gostava do curso que escolhi, porque o curso não me dava liberdade criativa, e eu, com falta de coragem de desapontar os meus pais, principalmente a minha mãe, que foi a minha principal apoiante, insisti.

Recusei a frustração e vivi inconscientemente. Para alinhar os meus valores com o que sentia, comecei a criar muros à minha volta. E acho que aqui está o embrião da minha personalidade alternativa, que me acompanhou ao longo da vida. Ou seja, a minha vida pessoal, social, familiar e profissional foram influenciadas por uma personalidade alternativa enquanto o que eu sentia e o que eu ansiava estava guardado em mim.

Calei, portanto, dentro de mim a insatisfação, a frustração, uma certa vergonha por não ser capaz de fazer o que queria, a impotência e substituí tudo isso por uma máscara de “quero lá saber, tudo vai acabar por se resolver.”

Enquanto estudante e estava num quarto alugado, tive algumas experiências inexplicáveis do campo da espiritualidade, penso, que ignorei e, assim, comecei a apagar a minha fé em algo superior. Afinal, era uma jovem mulher emancipada, moderna e “independente” (dependia dos meus pais) que não via razão para se preocupar com “tolices”.

Quando se tornou insustentável viver este tipo de vida, à custa dos meus pais, comecei a procurar caminhos de fuga, ainda e sempre a evitar a realidade. E, portanto, procurei emprego, enquanto me afundava cada vez mais dentro de mim própria, mais a enterrar a minha autenticidade e a viver uma personagem de invenção. Portanto, sempre a construir um muro à minha volta.

Quando entrei no mundo do trabalho, contrariado a vários níveis,” descobri que nada até aí me tinha preparado para o trabalho, eu não estava preparada. Aí tive o meu primeiro banho de realidade e vivi explicitamente a primeira experiência de rejeição.

Uma colega sentiu-se ameaçada com a minha contratação e realmente o meu início na vida do trabalho foi horrível. Estava despreparada, mas estava escudada na personalidade ficcional de mulher moderna, independente e que não tem medo de coisa nenhuma. Delineei uma estratégia de defesa, primeiro passiva – não percebia o que se passava -, depois escudei-me atrás do humor para proteger a minha sensibilidade e insegurança e, finalmente, passei ao “ataque” e confrontei a situação com clareza.

Descobri que tinha força porque esse diálogo olhos nos olhos resolveu os meus problemas, mas a minha fraqueza interior permaneceu. E, como eu costumo dizer, continuou a construção do muro.

Durante os 30 anos seguintes, continuei nesse emprego apesar de saber que não me encaixava no status quo da empresa, apesar das armadilhas constantes, apesar da desconfiança, apesar de não gostar do ambiente. Convenci-me que era tudo da minha cabeça e podia fazer tudo o que quisesse – e pude -, mas perdi uma boa parte da minha alma.

Foi quase sempre uma jornada desgastante em que aprendi imenso sobre as organizações, sobre os outros, mas sobretudo sobre mim, contudo paguei o preço: tive cada vez mais dificuldades de comunicação e fui ficando cada vez mais desligada do meu centro.

A minha natureza é curiosa e, para me ajudar a manter algum equilíbrio, comecei a interessar-me por técnicas e terapias complementares, isto é, que não substituem a consulta especializada em caso de necessidade e que ajudam na recuperação do nosso estado mental.

Já tinha experimentado yoga e tai-chi chuan e, logo de seguida, interessei-me por hipnose. Nessa altura não se ouvia falar de hipnose, mas terminei o meu primeiro curso em 2008 e senti que um maravilhosos mundo novo se abriu para mim. Foi o início da minha jornada de “Regresso a mim” e de muitas outras formações que fui fazendo para complementar conhecimentos.

No fundo da minha mente uma voz muito particular dizia-me repetidamente que esse seria o caminho que me traria completude e realização…

Tive um burnout escondido de toda a gente e continuei a trabalhar.

Comecei a ficar doente, cada vez mais cansada, mais desinteressada, mais desmotivada, exausta. Mantive a personagem de pessoa forte, mas já não queria mais! Ao fim de 30 anos num mundo corporativo altamente tóxico, comecei também a ficar tóxica… e a ter plena consciência disso. Alguém me disse uma vez: quando tu não escolhes a vida escolhe por ti! E considero que foi isso mesmo que aconteceu.

Entretanto os meus pais que já tinham muita idade (80-90´s) começaram a manifestar sinais de doença neurológica; o meu pai, uma doença da neurológica degenerativa rara, a minha mãe, demência e, portanto, logo a seguir à grande crise global do Covid-19, os efeitos do isolamento começaram-se a manifestar completamente no comportamento dos meus pais. O meu pai sempre a telefonar-me para o trabalho com coisas mínimas. A minha mãe fugia de casa, perdia-se.

Ou seja, deixei de poder dedicar-me ao meu trabalho. Por isso, deixei o trabalho. Vim para casa cuidar dos meus pais. Já estava exausta, estava em burnout, estava esgotada, mas achei que conseguia. Não foi fácil estar com eles durante três anos seguidos, 365 dias por ano, 24 horas por dia. Não conhecia as doenças, não sabia o que fazer, não estava preparada. Sobrevalorizei a minha força e, na verdade, para conseguir aguentar, quando comecei a sentir que a força física, mental, emocional, a minha *anima*, me estava a faltar, comecei a levantar-me uma hora mais cedo de manhã para fazer meditação, para fazer a formação em EFT-Técnicas de Libertação Emocional, para fazer auto-hipnose. Era esse era o momento que eu tinha exclusivamente para mim.

Construí resiliência, embora, desta vez por força das circunstâncias, tenha continuado a construir o meu muro.

Tinha uma rede de apoio de 3 pessoas que nunca me abandonaram e foram vitais para o meu bem-estar mental durante todo o tempo e que ainda se mantém.

O meu pai morreu, a minha mãe foi para o lar, e eu pensei que esta minha experiência de vida podia ser posta à disposição de outras pessoas que, como eu, passaram por tudo isto, uma vida de trabalho não realizada e/ou o apoio aos seus amores (pais, irmão, filhos, outro familiares) sem terem preparação e sem conseguirem apoio – digno desse nome - do Estado ou apoio das instituições..

Para quem cuida, para quem sustenta, para quem se perdeu de si – criei um espaço de pausa, escuta e religação, onde corpo, mente e alma voltam a encontrar-se com leveza e verdade.

Quando a vida exige demais, aqui encontra pausa, escuta e religação com quem é de verdade…

Consultas Individuais

Sessões personalizadas de acompanhamento emocional, reconexão com o corpo e cura profunda. Um espaço só seu, onde a escuta e a intuição guiam cada passo do processo.

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Eventos

Experiências transformadoras para se conectar consigo e com outras mulheres, através de círculos, rituais, encontros e retiros para pausar, sentir e florescer.

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Formações

Para quem quer aprofundar a sua jornada pessoal ou partilhar saberes com o mundo. Abordagens intuitivas, práticas e vivenciais, com base na sua verdade interior.

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Formação: Regresso a Mim

Uma jornada de reconexão interior para mulheres que cuidam de todos, menos de si.

5 módulos para voltar a si, passo a passo, com práticas profundas e transformadoras. Este é o seu tempo. Esta é a sua casa.